top of page

BENEFÍCIOS

Foi demonstrado que a cafeína apresenta um papel neuroprotector em relação ao desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Porém, o mecanismo desta proteção não se encontra totalmente esclarecido.

Determinados estudos apresentam diversas hipóteses, tais como:

  • a proteção das células do Sistema Nervoso contra a neurotoxicidade provocada pela proteína β-amilóide, graças ao papel da cafeína nos recetores A2A;

  • a diminuição da concentração de proteína β-amilóide, preservando, assim, a capacidade cognitiva [1,2].

Doença de Alzheimer
Doença de Parkinson

Estima-se que um consumo habitual de café esteja inversamente relacionado com o risco de desenvolver a Doença de Parkinson. No entanto, no sexo feminino, talvez possa existir uma interação negativa entre a cafeína e o uso de estrogénios.

Ainda se desconhecem os mecanismos através dos quais a cafeína exerce o seu efeito protetor. Apenas se sabe que, possivelmente, estão relacionados com a sua atividade antagonista dos recetores A2A, na medida em que estes são expressos no cérebro, maioritariamente no estriado, onde atuam os neurónios dopaminérgicos que degeneram na Doença de Parkinson [1,3].

Cálculos renais

Num estudo, verificou-se que o consumo moderado de café pode diminuir a formação de cálculos renais. Porém, também se desconhecem os possíveis mecanismos através dos quais isto se verifica [1].

Doenças hepáticas

Certos estudos sugerem um potencial efeito benéfico e protetor de vários compostos presentes no café (nomeadamente a cafeína) sobre o fígado. Além disso, demonstrou-se, também, uma diminuição dos níveis de alguns marcadores de lesão hepática, entre eles as enzimas hepáticas gama-glutamiltransferase  e alanina aminotransferase [1].

Diabetes tipo II

Um estudo revelou que um consumo elevado de café pode reduzir a incidência de diabetes tipo II, quando comparado com um consumo reduzido.

De facto, noutros estudos, o consumo de ácidos clorogénicos presentes no café levou à diminuição da glicemia e, por outro lado, o consumo de produtos resultantes da sua degradação durante a torrefação levou a um aumento da sensibilidade à insulina [1, 4].

Asma

O consumo moderado de café mostrou reduzir os sintomas usuais da asma. Já este consumo, a longo prazo, mostrou ser capaz de prevenir as manifestações clínicas da asma. Isto porque, além da cafeína ter um efeito broncodilatador, também reduz a fadiga dos músculos respiratóriosmelhora a função pulmonar, tal como se comprovou em alguns estudos [1].

Verificou-se que havia uma associação entre a cafeína e a perda de peso, uma vez que esta possui um  efeito lipolítico e termogénico e é capaz de aumentar o metabolismo [1, 4].

Peso corporal

1. Alves, R.; Casal, S.; Oliveira, B. (2009) Benefícios do café na saúde: Mito ou realidade? Química Nova, 32(8), 2169-2180;

2. Flaten, V.; Laurent, C.; Coelho, J.; Sandau, U.; Batalha, V.; Burnouf, S.; Hamdane, M.; Humez, S.; Boison, D.; Lopes, L.; Buée, L.; Blum, D. (2014) From epidemiology to pathophysiology: what about caffeine in Alzheimer’s disease? Biochem Soc Trans., 42(2), 587–592;

3. Xu, K.; Di Luca, D.; Orru, M.; Xu, Y.; Chen, J.; Scharzschild, M. (2016) Neuroprotection by caffeine in the MPTP model of Parkinson´s Disease and its dependence on Adenosine A2A Receptors. Neuroscience 322, 129–137;

4. Santos, R.; Lima, D. (2016) Coffee consumption, obesity and type 2 diabetes: a mini‑review. Eur J Nutr

© Toxicologia Mecanística 2015/2016 FFUP

bottom of page